História de vida da minha mãe

Eu lembro bem daquele hospital, onde eu nasci e vivi alguns anos.
Minha mãe trabalhava com um médico, ela q coordenava era enfermeira e parteira daquele hospital. O primeiro  médico chamava doutor João, ele ficou pouco tempo depois foi embora. Veio doutor  Alberto Brunetto seu Pai tbm médico junto da sua mãe Teonesta. Eles eram de Porto Alegre trabalharam no hospital uns 7 anos. Neste meio tempo veio a Prima Cristina enfermeira q ajudava minha mãe e os médicos. Elas atendiam os partos muitas vezes distante do hospital se embrenhavam mata adentro para socorrer os doentes e trazer crianças ao mundo.
Muitas Marli nasceram ali e levavam o meu nome, eu uma menina de 7 anos mais ou menos visitava as mães q tinha tido aquelas crianças.  Mais ou menos não lembro muito bem a data , minha mãe ia a Florianópolis fazer o curso de Farmácia,  ficava tempos fora nossas avós cuidavam de nós,  a Prima Cristina acompanhava os médicos do hospital. Houve uma época q ficava sem médicos, minha mãe que socorria quem chegava doente, umas das histórias q eu e meus primos ficamos sabendo q ela era uma pessoa muito especial,  minha tia Nadir sua cunhada tinha tido 6 filhos, minha mãe fez uma cirurgia fazendo laqueadura nela, pra q não tivesse mais filhos.
Ela era fantástica isso eu ouvi  por muitos anos.  Depois de formada um ou dois anos depois esse mesmo hospital pegou fogo deixando minha mãe muito abalada. Reconstruiram outro, com a perda do antigo hospital ela precisava de outro médico, eu fui com a minha mãe em Jaborá Santa Catarina, ela foi contratar o Doutor Arnaldo Dunsch que veio de mudança com sua esposa Dona Silvia. Eles trabalhavam juntos uns dois ou três anos até  ela adoecer. Neste meio tempo teve dois casos q eu vi, chegou no hospital um homem com o joelho cheio de berne, eles achavam q teriam q cortar a perna dele, minha mãe tirou um por um e salvou a perna daquele homem. Uma outra senhora q sua gravidez estava nas trompas a criança nasceu perfeita, claro q com todos os cuidados q deveriam ter. Eu só sei q minha mãe  era uma mulher saudável e passou a ter ataques,  corriam e a colocavam no oxigênio  por várias vezes, meus pais venderam o hospital para o Doutor Arnaldo , mas a farmácia ficou com o nome dela.  Levaram ela em vários especialistas mas ngm descobria o q ela tinha, foi definhando. Até q no dia 24 de agosto levaram ela pro hospital em Frederico Westphalen onde ela foi operada da vesícula e teve ataques causando hemorragia,  veio a falecer no dia 26 de agosto de 1967. Deixando órfãos

  Airton 12 anos
Marli 11 anos
Marília 9 anos e
Mariza 7 anos

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

**Aprendizados**

**"Renovação na Calmaria"**Hoje está tudo calmo, graças a Deus. A tempestade se afastou, trazendo serenidade.E em meio ao silêncio, sinto a força renascer. Uma nova esperança, uma doce tranquilidade.Vou me fortalecendo, uma vez e outra vez. Como a fênix que ressurge das cinzas.Cada desafio me ensina a valorizar. A beleza de recomeçar, a luz que me guincha.As feridas vão cicatrizando com o tempo. E o peso da dor se torna mais leve A gratidão ocupa o espaço da angústia. E em cada respiração, a vida se escreve.Acalmo meu coração, ouço a voz interior. Que me lembra da força que sempre esteve aqui. E mesmo quando a vida traz desafios Eu sei que sou capaz de seguir e existir.Hoje, celebro essa paz que me envolve. A certeza de que tudo tem seu lugar. E mesmo nas lutas, há um aprendizado. Que me guia e me ensina a amar.Assim, vou me fortalecendo, dia após dia. Agradecendo por cada momento de luz. Pois a vida é um ciclo de altos e baixos, E eu sou a dançarina que se recusa a se reduzir. Marly Hayduk

**O Mar**