A Viagem.

**Memórias de Uma Viagem a Vila Áurea**

Era uma manhã ensolarada de junho quando eu, minha prima Sirlei e minha tia de 94 anos, Caroltcha, embarcamos em um caminhãozinho rumo a Vila Áurea, no Rio Grande do Sul. O destino? O 50º aniversário de casamento da afilhada de minha tia, Vitória. Essa viagem não era apenas uma celebração; era uma viagem ao passado, uma forma de honrar nossas raízes e a memória de minha mãe, irmã de minha tia, que cuidou de mim e de minhas irmãs após sua partida.

Saímos de Descanso, Santa Catarina, às 8 horas da manhã. O clima estava leve e alegre. A música preenchia o ar, e a felicidade era palpável. Sirlei, sempre animada e confiante ao volante, guiava o caminhão com destreza. As horas passavam rapidamente enquanto conversávamos, ríamos e compartilhávamos histórias.

Após algumas horas, decidimos parar para nos alimentar. No Sul, não poderia faltar o tradicional creme e sagu como sobremesa, e eu não pude resistir à delícia. A comida estava maravilhosa, e o calor humano daquelas paradas sempre trazia um aconchego especial.

Com a barriga cheia e os corações aquecidos, seguimos viagem. O verde das plantações do interior do Rio Grande do Sul encantava nossos olhos e despertava lembranças nostálgicas. Era um cenário que falava de lar, de raízes profundas e de um tempo que parecia ter parado.

No caminho, percebemos que precisávamos abastecer o caminhão. Paramos em um posto de gasolina em Erechim, onde o frio cortante de junho nos lembrava que estávamos na serra. O vento gelado fazia doer a alma, mas a expectativa do reencontro aquecia nossos corações.

Depois de mais três horas na estrada, finalmente chegamos ao nosso destino: Vila Áurea. Era mais do que um lugar; era a cidade onde minha mãe nasceu, onde meus avós viveram e deixaram suas marcas. Ao ver o brilho nos olhos de minha tia, percebi que ali, naquele instante, ela estava revivendo memórias de seus pais e irmãos.

Uma hora depois, chegamos ao interior, onde fomos recebidos em uma casa simples, mas repleta de carinho. A casa estava cheia de risadas e conversas, onde as lembranças do passado fluíam naturalmente. Jantamos juntos, um banquete que celebrava não só o presente, mas também a história que nos unia.

Após o banho e algumas conversas prolongadas, nos recolhemos, cientes de que o dia seguinte seria especial: o casamento de 50 anos de Vitória e Antônio. Era um momento para celebrar o amor, a família e a continuidade das histórias que nos ligam. E assim, envoltos em lembranças e expectativas, adormecemos, prontos para o que o dia seguinte nos reservava.

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Espero que tenha gostado dessa narrativa! Se quiser adicionar mais detalhes ou fazer ajustes, estou aqui para ajudar.

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